Baixa Procura em hotéis para a Copa

 Cerca de 185 mil diárias foram comercializadas em 25 grandes redes de hotéis nas 12 cidades-sedes em dias de jogo e na véspera dos eventos, o que representa 40% do total

 A maioria dos quartos de hotéis ainda está disponível para o mês da Copa do Mundo, de acordo com levantamento do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), faltando apenas quatro meses para o evento. O estudo se refere a 15 redes hoteleiras associadas à entidade.

As redes associadas à entidade somam 600 hotéis e representam 18% da oferta oferecida pelos hotéis nacionais. Entre elas, estão Accor, IHG, Pestana e Transamérica. As redes representam 30% dos hotéis reservados pela Match, agência oficial de viagens da Fifa, organizadora do evento no País. 
Até agora, cerca de 185 mil diárias já foram comercializadas nestas redes nas 12 cidades-sedes em dias de jogo e na véspera dos eventos, o que representa apenas 40% do total. Ainda restam 20% de diárias bloqueadas pela Match e clientes, que podem não ser compradas, e mais 40% que estão disponíveis.
Diante da demanda abaixo da expectativa, a Match já devolveu até 50% da reservas feitas em algumas praças, como Natal, no Rio Grande do Norte, no dia 31 de janeiro. A ação decepcionou empresários do setor, que diminuíram expectativas com relação ao evento esportivo.
Para Roberto Rotter, presidente do FOHB, o panorama é desafiador para o setor. As manifestações, na sua visão, podem ter contribuído para a baixa procura, bem como indefinição sobre a malha aérea. 
Além disso, o volume de hóspedes no período não depende da oferta, mas sim do grau de atratividade de cada jogo da Copa, somado à acessibilidade de transporte e atratividade da cidade, diz o FOHB.
"Curitiba e Cuiabá são cidades que sediarão jogos que não atraem pessoas, como Nigéria e  Bósnia; Irã e Nigéria, enquanto o Nordeste terá partidas mais interessantes – e duas cidades sediarão quartas de final: Fortaleza e Salvador. Das semifinais em diante, os jogos se concentram em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo", explica o FOHB.
Situação é variada nas cidades-sedes
Recife é a praça que tem mais diárias comercializadas: 77%. Enquanto Porto Alegre ainda tem uma quantidade relevante de diárias bloqueadas (31%). São Paulo, por outro lado, é o que tem mais diárias disponíveis: 53%. 
Em Belo Horizonte, 40% das diárias que ainda podem ser compradas em dias de jogos. Em Curitiba, a média é menor: 30%. Em Cuiabá, apenas 20% estão disponíveis em dias de jogos, em média, mesma média de Fortaleza, onde, em determinados jogos, restam apenas 10% das diárias.
Em Salvador, o total de diárias disponíveis varia entre 30% e 40% conforme o jogo, enquanto em Manaus oscila entre 20% a 40%. Em Porto Alegre, oscila entre 20% a 30%. Em Recife, apenas de 10% a 20% das diárias ainda estão disponíveis no dia dos eventos. No Rio de Janeiro, cerca de 20% das diárias estão ainda disponíveis para os dias de jogos.
Preço das tarifas aumentou no ano passado
As tarifas das diárias dos hotéis das 25 redes associadas ao FOHB subiram, em média, 6,1% no ano passado, de R$ 229 para R$ 243, pouco acima da inflação geral, de 5,91%, e abaixo da relacionada à serviços, que atingiu 8,75% no período.
Porém, em algumas cidades-sedes as tarifas subiram mais do que a inflação do setor de serviços. As que ficaram mais caras foram as tarifas dos hotéis de Brasília: 11,8%. Em seguida, aparecem as redes do Rio de Janeiro, que tiveram reajustes de 11,5%, seguido por Recife (10,6%), e Fortaleza (9,5%). 

Rotter, presidente do FOHB, espera que as tarifas aumentem 5% no ano da Copa. "A hotelaria não é irresponsável e não irá cobrar tarifas caras. Isso será pontual, e não uma prática comum", anuncia. Ele estima que, em dias de jogos, o aumento será maior, enquanto em jogos menos atrativos serão menor. O período entre os jogos deverão apresentar reajuste ainda menor.os eventos, o que representa 40% do total

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